Porque existe sigilo da relação entre advogado e cliente, você compartilha o seu mundo comigo.
Cada história que você me conta é um pedaço do seu coração que você separa e entrega, na esperança de uma solução que também anseio oferecer pra vocês.
Atento, calado, ouço os detalhes do seu precioso relato. Seu olhar, seus gestos, tudo fala, completando o que as palavras não puderam explicar.
Observo. Reflito. Não julgo.
Ao final, te ofereço um conselho, um processo, uma perspectiva de pacificação, falo sobre as possíveis saídas. Infelizmente, algumas vezes, constato que os fatos são insolúveis.
Quando você vai embora, fragmentos da sua dor permanecem comigo. Trato essas partículas dolorosas com profundo respeito, porque embora lhe pertençam, agora estão sob minha responsabilidade.
Ouço seus passos enquanto você deixa o escritório, e eles não são mais ruidosos do que as ideias fervilhando em minha mente inquieta, aprimorando estratégias, empenhada na missão a mim confiada.
Justiça não é algo que se possa prometer: é algo que precisa ser buscado. Ainda que racionalmente cético, passo os dias à procura dela. Quando não a encontro, continuo lutando até o último grau de recurso.
Ah, Dona Justiça, que saudade eu sinto de ti. Por favor, esteja sempre por perto. Quando estiveres longe, que Deus me permita ser teu melhor instrumento.
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Texto escrito e publicado por THIAGO DA SILVA GALERANI.
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Obrigado pela compreensão e respeito.
Cordiais saudações.
Thiago S. Galerani
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